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Jardins Suspensos

Jardins Suspensos

[Economia Doméstica] Mãe Precavida

 

 Estou a fazer o inventário cá de casa no que se refere a material escolar vivo e sem mazelas. Não se pode dizer que seja diminuto de todo, eu comprei algum a mais o ano passado que não foi necessário, além de já ter começado a comprar umas coisas antes que os preços infacionem.

 

 Ora bem, até agora, posso riscar as canetas de feltro, os lápis de cor, borrachas, lápis de carvão (comprei uma embalagem de 50 a €2,7), as esferográficas azuis/vermelhas/pretas (tenho muitas ainda das que comprei há mais de um ano a €1,5 cada embalagem de 50), há uns dois cadernos e já comecei a comprar mais (a €0,85 cada), tenho cola líquida e batom ambas novas, comprei uma nova pasta de capas (€1,79), há afias a rodos e acho que é tudo.

 

 Comprei-lhe um dicionário de Português numa feira de livros a €2,50, não havia de Português-Inglês quando lá fui.

 

 Acho que vou bem encaminhada. Sei que faltam coisas, tranferidor, correctores, compasso e o mais que vier na lista de início de ano. Tenho de contar as disciplinas para atribuir cadernos.

 Cadernos ao invés dos dossiers enormes do meu tempo, poupa o espaço na mochila e poupa o peso desnecessário nas costas e ombros.

 Há mochilas ainda. No entanto, o diabinho quer uma nova. Vai comprá-la com o dinheiro que juntou, é bom para ele ter consciência de que o dinheiro não estica e que tudo tem um custo.

 

 Estou a começar cedo, eu sei, ainda estamos em Julho. Mas acho que se começar agora, vai-me doer menos no bolso depois, com os livros e tudo o mais. Só de pensar nos livros, dá-me uma dor no lado esquerdo da cabeça que mete medo. E ainda não sei como será este ano em relação ao SASE, o ano passado tive de comprar primeiro para me pagarem 3 meses depois. Por isso tudo é que começo já a tratar daquilo que tenho a certeza que vai ser necessário.

 Ainda esta semana vou saber dos livros e se já houver, compro alguns. Não posso comprar todos agora e o de Língua Portuguesa não preciso, pois é o único que é igual ao do utilizado no ano passado e ele fica com um dos das minhas irmãs, que passaram para o 7º. Não compro com CD, acho que são quase €6 a mais e não me parecem muito bem gastos. Quando eu estudava não os havia e acredito que os manuais em papel contêm tudo o que devem, no sentido de educar as nossas crianças, além de não acreditar que lhe tenham feito falta neste ano que acabou.

 

 E é isso, estou a ser responsavelmente precavida.

 Ser mãe é um trabalho a tempo inteiro e não inclui só passeios no parque. Mas compensa.

[Cabeceira] Porque Não Pediram a Evans?

 

 Segundo livro dos comprados no Leiloes.net.

 

 Durante uma partida de golfe, o jovem filho do vigário, Bobby Jones, encontra um moribundo que acaba por lhe morrer nos braços, não sem antes dizer uma frase imperceptível para o fiel amigo de Badger. Porque não pediram a Evans? dita todas as acções seguintes, numa procura pelo seu significado, entre disfarces e tentativas de homicídio, na companhia de Lady Frances e Bobby, com uma ajuda inesperada de Badger, o amigo que sempre se mete em alhadas.

 

 Um livro bom, um livro que vale a pena ler. Mas eu sou suspeita :)

 

 

[MySelf] RVCC e Outras Cenas

 

 É já nesta 6ª feira que vou presente ao júri isto soa tão mal.

 É isso, vou ter o equivalente ao 12º ano e vou ter de falar em frente aos meus formadores e colegas gosto muuito, além do formador externo, e fazer a apresentação do meu trabalho, de mim, falar de um episódio relativo na minha história, parecer calma e não gaguejar. Esperançosamente, a minha eloquência oral seja uma compensação, face ao tamanho do meu Portefólio de Competências, que é finiiiiiiiiinho em comparação com o normal. Atenção, fininho mas conciso, já que fiquei validada a todas as áreas ufa!!!

 

 O episódio que escolhi, foi o nascimento do meu filho e de como mudou a minha vida, de como se tornou o meu projecto de vida acho que vou chorar, chorei quando escrevi.

 Falo também de, que como projecto futuro, quero viver e continuar a ser eu. Não sabia que isso iria implicar-se no meu dia de ontem..

 

 Através do Facebook, vi as fotos da festa e jantar de aniversário de uma pessoa que eu julgava amiga. Ela é uma pessoa que tem tido vários problemas com o ex, o gajo trocou-a e não contente, faz-lhe a vida negra, como se ela o tivesse traído e não ao contrário, já lhe fez ameaças, falsificou a assinatura dela e umas coisinhas assim. Eu aconselhei-a em tudo o que pude, pedi ao meu homem para dar um olho ao processo, ouvi-a a chorar e gritar ao telefone, chorei com ela, tentei dar-lhe uma réstia de esperança no futuro. É o que os amigos fazem.

 

 Eu sei que por trás do meu mau feitio, sou uma sentimental e sensível até enjoar. Ou seja, senti-me magoada por não ter sido convidada. Eu tenho um temperamento difícil mas não sou má pessoa, sou humana, apenas não sou daquelas almas que sorriem até mais não, que toda a gente adora e quer levar para casa. Não há ninguém que só sorria e só esteja bem disposta 24/7. Há, sim, quem aparente fazê-lo.

 

 Eu sou sisuda e concentrada mas não sou alheada de todo. Sei que teria muitos mais amigos se fosse diferente mas creio que é melhor ter poucos e bons do que muitos e desinteressados. A razão dada por ela para a falta de convite, é a de que eu não falo com quase ninguém que foi. Trabalhamos todos no mesmo sítio, acho que fica mal ela convidar o  rapaz que lá está há cerca de mês e meio e não a mim que trabalho com ela há 6 anos. Também se pode dizer que fica mal eu não manter relações cordiais com tudo e todos. Mas eu mereço mais respeito de mim própria, e não ser falsa com outros, é também uma forma de os respeitar.

 

 

 Tanta porra coisa para dizer que um dos meus projectos futuros, passa por não me vender, a mim, à minha consciência, às minhas convicções.

 E que um amigo é um bem precioso. O problema é quem só é amigo quando precisa.

 

 F***

[Cabeceira] O Enigma das Cartas Anónimas

 Acabei agora de o ler. E para não variar, gostei.

 

 Eu gosto mesmo muito de ler, tem-me faltado é muita alguma paciência.

 E de entre todos os géneros, que ler de tudo um pouco só faz bem, o policial é o de eleição. Principalmente desta senhora.

 

 Este comprei baratinho no Leilões.net e não fiquei desagradada. Quer dizer, eu tenho bué da algumas manias com os livros que é como quem diz que não gosto que tenham marcas, deixa-me um bocado assim pró doente. Este veio com algumas, o outro que comprei vem quase intacto. Talvez também porque este seja de 2001 e o outro de 2009. Mas comprei dois pelo preço de um e isso faz-me bem à alma (eu sei que tenho pancada mas que fazer? se compro bom e barato sinto um calor no peito).

 

 Estou a fazer esta colecção da Asa há uma catrefada de anos, ou talvez sejam só 5 ou 6, qualquer coisa assim. A colecção está dividida em 3 séries, facilmente identificadas pela lombada: o meu querido Poirot, a não tão inócua Miss Marple e todos os Outros. Laranja, Azul e Cinza, é assim que os identifico rapidamente.

 Comecei com os de Poirot porque sou uma fãzorra mas o interesse também se estendeu ao resto da colecção, até porque as séries não são editadas em conjunto. Com isto, já tenho cerca de metade da colecção, é o meu vício. Podia dar-me para pior...

 

 Isto da crise afecta tudo em volta e foi com isso em mente que adquiri os meus livros novos, usados. O dinheiro tem que esticar e todos temos prioridades no que toca a gastá-lo. Obviamente que livros não são prioridade, excepto os escolares, então vai de aproveitar que o vendedor tem um bom feedback e manda vir. Em rigor, não é a primeira vez que compro um livro assim. A minha tara anterior era o Harry Potter e o último livro da série comprei no hi5 numa banca virtual.

 

 Gosto desta  colecção da Asa, gosto mesmo. Gosto das capas, das imagens, das páginas, tem um ar clean. Isto em oposto ao Vampiro Gigante. Que se há de fazer? Faz-me impressão aqueles livros, há algo neles que me desagrada violentamente. Repito, podia dar-me para pior.

 

 Voltando ao meu livro, é o número 4 e conta com a astuta Miss Marple. Ela não aparece logo, pelo contrário, vem quase no fim para dar uma achega. Outra coisinha sobre o livro: vem escrito na primeira pessoa, como um relato de tudo quanto sucedeu em Lymstock e o seu surto de cartas anónimas maldosas, suicídio e assassinato. É bom, toca no assunto da natureza humana e do que a move, assim como costuma acontecer na análise de Jane Marple. Os personagens são verosímeis, é-me fácil crer que há muitos deles neste mundo, com as suas falhas e competências.

 

 Gostei bastante, recomendo com entusiasmo juvenil, 191 páginas de Agatha Christie é sempre tempo bem empregue.