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Jardins Suspensos

Jardins Suspensos

[Family] Um Risco que Tenha Valido a Pena Tomar

 

 Para qualquer pessoa (mais ou menos normal), ser mãe/pai, será provavelmente a melhor coisa que irão fazer, a melhor experiência que irão ter. Tortuosa por vezes, mas a melhor.

 

 Tinha 16 anos quando fiquei grávida. Se amava o pai do meu filho? Sim, com tudo o que tinha dentro de mim. Se tinha ideia do que era aquela nova fase da minha vida? Não. Arrependo-me? Nem pensar!

 

 As minhas dúvidas em relação a mim mesma enquanto progenitora aumentavam de dia para dia, acredito que haja mulherio diferente e mais seguro de si, comigo era assim. Mas com o tempo passado e porque comida na mesa nunca faltou, nem abrigo e muito menos Amor, quando olho para o meu filho, enorme e feliz, tenho orgulho em mim. E tenho orgulho na pessoa que ele já é, nos seus rasgos de humor, nas suas palavras carinhosas, no seu sentido solidário. Acredito que é e será, uma pessoa melhor que eu e isso por si só, faz-me os olhos ficarem afogados.

 

 Detesto quando me dizem: "Foste mãe tão cedo!". Eu sei, eu estava lá, tinha noção do mundo e da minha idade, acham que não tenho cérebro?! Acredito que há quem julgue que, por ter sido mãe com 17 anos, seja uma pessoa desprovida de juízo. Não sou. Concebi o meu filho com amor, com amor o criei e crio, com amor o eduquei e com amor o castigo quando merece.

 

 Para que nunca lhe faltasse nada, fiz coisas que não queria, coisas que não faria se fosse por mim. É esse o poder que há em dar a vida: nunca se faz demais, nunca se ama o suficiente, nunca se olha a meios. Talvez seja eu que sou demasiado crua neste aspecto. Mas ele não pediu para nascer, se eu fui a responsável por isso, é da minha responsabilidade providenciar que a sua vida seja preciosa, apreciada, vivida, dentro dos meus limites físicos e mentais.

 

 Por vezes olho em redor e vejo cada coisa que me faz doer o coração. Há mulheres mais velhas que eu, com filhos da idade do meu, com o horário de merda igual ao meu, que têm problemas infindáveis com os miúdos. Comportamento, chegarem a casa já de noite sem avisarem onde foram, coisas assim. Há alturas em que não sei se tenho mais pena das mães ou das crianças.

 

 Criar um filho é f***, não tráz manual, varia consoante o feitio de ambos e se se é sozinho a fazê-lo, dobra a parte f. As crianças precisam de amor mas também de disciplina, isso de não os "amarrar" e deixar ser "espíritos livres" é conversa p'ra boi dormir. Para mim, é preguiça. Ameaçar por um filho num colégio interno porque se porta mal, quando nem sequer se olhou para o papel que anda na mala há uma semana, a dizer que notas teve, é inconcebível. E depois apregoar aos 4 ventos o quanto se adora os petizes e que sem eles a vida não faz sentido, opá, shoot me in the head!

 

 Não importa a idade em que se tem um filho. Importa a responsabilidade que vem desse milagre de dar vida. Contra todas as expectativas, sou uma mãe melhor que muitas, sou uma mãe que serve de exemplo a algumas, sou uma mãe elogiada. Sou uma mãe babada ;)

 

 Um risco que tenha valido a pena tomar, foi e é, ser mãe!

 

 

 

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