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Jardins Suspensos

Jardins Suspensos

[People] Live Fast, Die Young?!

 

 Por entre a discussão dos detalhes e da má informação por parte dos media, tudo quanto posso dizer, é que perder um filho, não será de todo, uma tarefa fácil para o coração. É de bom tom lembrar que este jovem, nascido no mesmo ano que eu, deixou pais num estado de sofrimento perpétuo. É para eles que direcciono o meu pesar.

 

 O mediatismo dos quês e porquês, esmiuçados ao máximo, para ver quem tem maior audiência, são uma mostra clara dos tempos em que vivemos. Onde o sangue e a dor vendem. Em que a pouco ou nada se dá o devido respeito.

 

 Era, magnificamente agradável que a sua morte, alertasse ainda mais para os perigos na estrada, para que os nossos jovens se dessem conta, que todo o cuidado é pouco, que a vida é preciosa demais para ser raspada do alcatrão. Já disso tinha esperança, há 5 anos atrás, com a morte de Francisco Adam.

 

 A realidade é que desde 1 de Janeiro e até 15 de Maio deste ano, morreram 245 pessoas vítimas de acidentes de viação, mais 17 do que em igual período de 2010(segundo a ANSR).

 

 Não acontece só aos outros nem só aos filhos dos outros. E é uma merda.

 

 

[Família] Coração de Mãe

 

 O meu filho foi de férias e eu chorei feita parva.

 

 Durante 5 dias de uma saudade insuportável, não o vou ter aqui para me dar abraços e beijos, para me pedir que cante para ele ao deitar, para me melgar, para fazer barulho até dar comigo em doida.

 Vou dar em doida na mesma.

 

 Eu sei que o raios partam do catraio já tem 11 anos e tudo isso, e que tenho de lhe dar asas para voar e coisas assim, e que na colónia de férias ele vai aprender e divertir-se e fazer novos amigos e outras coisas que tais, e que quando tinha a idade dele também teria gostado de ter uma oportunidade igual, e que só lhe vai fazer bem e tal, mas...

 Dá-me um nó no peito!

 

 Quando eles são pequenos e o barulho se torna insuportável, queremos sempre silêncio. Mas uma mãe habitua-se ao barulho, faz-lhe falta, nota logo que falta algo, que falta alguém.

 

 Neste silêncio irritante sem ele, faz-me falta o barulho dele, as palavras, os abraços e os beijos.

 

 Eu sei que estou a dramatizar mas tenho o coração pequenino pequenino.

 

 Já é sexta-feira?!...

 

 

 

[Cabeceira] O Diário de um Banana 2

 

 Eu sei que parece que eu não leio livros escritos para adultos mas que se dane! :)

 Os livros servem para nos divertir, enamorar, informar, servem para tocar em nós e mudar-nos um pouco.

 E se nos melhorarem o humor, nem que por breves instantes, então são amigos preciosos de guardar. A não ser que sejam dos que temos de devolver à biblioteca da escola.

 Este já cá esteve e já se foi.

 Foi uma boa continuação do primeiro livro.

 Lembrou-me do quanto as nossas emergências e segredos monstruosos mudam com a idade. E de como as relações familiares nunca são simples.

 

 Quando crescemos, a realidade sobrepõe-se à fantasia e se um livro abre as portas do tempo e nos leva com ele numa viagem até à altura em que eramos menos do que acreditavamos ser, vamos de mãos dadas com ele!

 

 Eu fui. E gostei.

 

 

[Cabeceira] O Diário de um Banana

 Folga. Quer dizer, não se pode chamar bem folga, tive sessão de RVCC e não foi assim tão boa, pois não tenho tudo feito como a formadora-mor deseja. No entanto, não tive de sair às 4 da manhã de casa, nem sou afectada por greve de comboios, portanto, não é assim tão mau.

 

 O meu filho trouxe este livro da biblioteca da escola na semana passada mas ainda não lhe pegou. Gostava que ele lesse mais, que gostasse tanto de ler como eu. Vou tentando incutir-lhe isso, tenho esperança.

 

 Ele não lhe pegou mas eu peguei. Todas as 223 páginas foram lidas quase de seguida e posso dizer que gostei. Really.

 Jeff Kinney tem uma maneira de escrever (e desenhar) que facilita a leitura ao público-alvo, a.k.a. jovens meninos e meninas na preparatória. No entanto, é uma óptima opção para adultos also. Lembra-nos dos nossos tempos de preparatória, as ideias grandiosas, os esquemas infalíveis. Em suma, a inocência que nos foi retirada com a maioridade e as responsabilidades. Lembra-nos do nosso inner Greg. E isso é o que faz deste, um bom livro.

 

 "ORA, BOLAS!"

 

 

[MySelf] Esperança Renovada

 A semana está a despontar, num horizonte mais além daquele que alcanço deste 6º andar, e tráz mudanças consigo. Não apenas para mim, mas para todos nós.

 

 Vou mudar de horário laboral, iniciei este blog, vou para o ginásio, estou quase a acabar o RVCC, tenho de ir às aulas de código. Vou mudar de vida, quero mudar e no entanto, quero continuar a ser ser quem sou, mas melhorada, limar as facetas mais agrestes da minha pessoa. Quero crescer, tanto quanto me seja possível, ser feliz, renovar a esperança.

 

 Esperança. Que esta mudança de rumo político, com tudo o que disso advém, seja um up grade neste rectângulo nosso. Foi por esperança e revolta que me dirigi às urnas e votei. Quero um amanhã melhor, um futuro para o meu filho e fiz a minha parte como cidadã, cumpri o meu dever cívico.

 

 É por isso que olho para esse horizonte e abro os braços, por mim, pelos meus, por todos nós. Abram-nos também.